“Sem dúvida alguma. A tendência mundial e
aqui no Brasil seria a utilização de uma série de itens de sustentabilidade,
como aquecimento solar e eólico, telhas especiais, uma série de itens que
tornam a construção sustentável”, acrescentou, em entrevista à Agência Brasil.
Esse é o objetivo de muitas apresentações que vão ocorrer durante
a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a
Rio+20, que ocorrerá em junho. Kauffmann informou que o setor privado vai
apresentar iniciativas de construção sustentável no Forte de Copacabana, que
“estão sendo tomadas e incentivadas pelo estado, pela prefeitura e pelo governo
federal”.
As instalações do Forte foram
alugadas pelas federações das indústrias dos estados do Rio de
Janeiro (Firjan) e de São Paulo (Fiesp), pela Fundação Roberto Marinho e pela
prefeitura carioca. Lá ocorrerão vários eventos paralelos à Rio+20.
Um deles, programado para o dia 18 de junho, vai tratar da construção
verde. A ideia, disse Kauffmann, é mostrar que o Brasil “está praticando e
pretendendo praticar a construção sustentável. Isso é feito não só para atender
à população de baixa renda, mas também à classe média e à alta renda. A gente
vai procurar avançar bastante em outros quesitos”.
Kauffmann lembrou que também a Caixa Econômica Federal, principal
financiadora do setor da construção, incentiva que as empresas usem materiais
sustentáveis nos empreendimentos, seja para o programa Minha Casa Minha Vida ou
para os financiamentos normais.
“Principalmente na faixa de renda de R$ 1,6 mil, estão sendo seguidos
vários quesitos de sustentabilidade. Você tem que ter uma área verde dentro do
empreendimento. Isso é importante, além de aquecimento solar”, citou.
Também as residências de luxo estão em busca da sustentabilidade. O
primeiro condomínio da América Latina que recebeu a certificação inglesa Breeam
(Building Research Establishment Environmental Assessment Method), criada em
1992, foi o Movimento Terras, localizado em Petrópolis, na região serrana
fluminense.
A certificação Breeam, uma das mais rigorosas em termos de exigências
ambientais, já aprovou mais de 110 mil empreendimentos em vários países. As
oito casas que integram o condomínio Movimento Terras apresentam inovações
sustentáveis, entre elas estrutura metálica com aço reciclado, telhado verde,
captação de água da chuva, madeira certificada, conforto ambiental com luz
natural e ventilação cruzada e aquecimento solar.
O condomínio recebeu este mês o Greenbest, principal prêmio nacional de
iniciativas sustentáveis, promovido pela Greenvana, empresa líder em
sustentabilidade para o mercado de consumo no Brasil, na categoria projetos de
arquitetura e construção.
Fonte: Jornaldamidia.com