07 agosto 2012

Revestimento monolítico para indústria alimentícia

O segmento alimentício possui a prática de constante assepsia do piso com água quente ou vapor de água, derramamento de diversos produtos químicos como sangue, leite, sucos, molhos, ácidos orgânicos diversos, açúcares e sais, arrastes e impactos diversos.

Para áreas de processamento de alimentos, onde ocorre a incidência dos fatores acima, os revestimentos a base de resina epóxi tendem a não apresentar a melhor performance física, principalmente nos quesitos choque térmico e impacto.

Os revestimentos mais indicados são a base de resina uretano cimentício, que curam em até 12 horas, não precisam de selador, possuem perfeita adesão ao concreto, são a base de água e ainda apresentam baixíssimo odor, não contaminando os alimentos.

Mesmo apresentando ótimas características físico-químicas, os revestimentos monolíticos base uretano ainda apresentam um ponto crítico:

  1. O principal problema em um piso monolítico é a interface com canaletas, caixas de passagem e ralos onde frequentemente utiliza de um perfil ou cantoneira em aço carbono ou aço inox para apoio das grelhas metálicas; 
  2. Devido ao choque térmico durante o processo produtivo, o metal dilata, pois este possui coeficiente de dilatação térmica muito distinto do revestimento uretano cimentício, e na interface surge um rompimento, trinca, na linha de união dos diferentes materiais, criando uma falha por onde a água de lavagem e outros líquidos penetrarão, ocasionado pela deficiência de adesão do revestimento resinado ao metal;
  3. Foi verificado que a utilização de mástiques elastoméricos para calafetar a união piso-piso ou piso-canaleta, não tem uma durabilidade muito boa, principalmente devido ao choque térmico, atrito de rodas de carrinhos e empilhadeiras, ataque químico ou umidade;
  4. Desta maneira, é recomendável um sistema de piso uretano verdadeiramente 100% monolítico, incluindo as canaletas e caixas de passagem, sendo todo o leito e paredes da canaleta laminados com manta e tecido de fibra de vidro e resina uretano especial, específica para laminação com fibra de vidro, um sistema que apresenta boa flexibilidade e alongamento dimensional, apresentando boas propriedades físico-químicas e principalmente resistência ao choque térmico.
Desta maneira, todo o sistema piso + canaleta + caixas de passagem possuirão união perfeita, monoliticidade, isento de juntas e livre de futuras infiltrações, garantindo um revestimento de longa durabilidade e livre de manutenções e paradas produtivas, gerando lucratividade à indústria alimentícia.

* Newton Carvalho Jr. é diretor de negócios da NS Brazil Tecnologia em Pisos e Revestimentos Ltda.

Fonte: Obra24horas