29 junho 2012

Construção civil segue em ritmo acelerado

Impulsionado pela elevação da renda das famílias e pela maior oferta de crédito o segmento da construção civil aguarda com grande expectativa a realização da mais uma Feira Construsul e ExpoMáquinas, em Porto Alegre (RS). No passado foram quatro dias de evento e um total de 73.726 visitantes. Para esse ano estão confirmadas 559 empresas expositoras na 15ª edição da Construsul e 7ª da ExpoMáquinas. A expectativa é superar os 75 mil visitantes.

- Os expositores estão muito otimistas com as oportunidades de negócios que o evento proporciona. A satisfação é plena e o mercado está bem aquecido - afirma o diretor da Sul Eventos, Cláudio Richter.

O mercado da construção civil continua crescendo. A prova disso, segundo o diretor da Sul Eventos, Claudio Richter, é a criação de novas empresas e que se traduziu na Feira Construsul com a abertura de mais 2.500 metros quadrados de espaço para os expositores.

Para o presidente da Associação dos Comerciantes de Material de Construção de Porto Alegre (Acomac), Rodolfo Testoni, existe uma perspectiva boa em função dos números que estão sendo apresentados no mercado.

- Iniciativas do governo estão sendo muito positivas como a redução de juros e redução de impostos o que acaba chegando às nossas lojas. Com isso a cesta básica econômica tem ficado mais acessível e o crédito fácil tem servido como fator impulsionador - disse.

Para a Acomac, a Construsul é vista como uma grande oportunidade de negócios e conhecimento de novas tendência e tecnologias do mercado. A entidade é parceira da Construsul desde a sua 1a edição.

Quem também manifesta grande expectativa é a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção, que projeta números de crescimento principalmente em segmentos específicos.

- Revimos a expectativa de crescimento e esperamos um desempenho de 4% em 2012 sobre o ano passado, o que é bem positivo se levarmos em consideração que estamos vindo de uma série de crescimento recorde nos últimos 10 anos - afirma o presidente da Anamaco, Cláudio Conz.

Segundo o presidente da entidade o setor que apresentou maior desempenho em maio foi o de fechaduras (4,5%), seguido de argamassas e telhas de fibrocimento (2,5% cada).

Entre as atrações do evento estão o Seminário Inovação e Sustentabilidade, promovido pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul, (Sinduscon-RS).


INCC-M tem leve alta e fecha junho em 1,31%

O Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) registrou leve alta e ficou em 1,31% em junho, ante 1,30% registrado em maio. No acumulado do ano, o índice apresenta variação de 4,98%. Nos últimos 12 meses, a taxa chega a 7,03%. O INCC-M, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), foi calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 de maio e 20 de junho.

A leve alta foi motivada pelo acréscimo no grupo mão-de-obra, que registrou variação de 2,28% em junho, ante 2,22% em maio. A mão-de-obra auxiliar (2,44%) foi o item com maior elevação, uma alta de 0,48 ponto percentual em comparação com maio (1,96%). A mão-de-obra especializada também registrou variação positiva, passando de 2,06% para 2,37%. O trabalho dos técnicos (2,07%), por sua vez, teve redução de custo, um decréscimo de 0,47 ponto percentual ante maio (2,54%).

De acordo com a FGV, as altas no custo da mão-de-obra registradas em Brasília (3,01%) e São Paulo (4,18%) ocorreram devido a reajustes salariais em função da data-base.


O grupo materiais, equipamentos e serviços registrou leve redução, passando de 0,35% para 0,30% neste mês. Os dois subgrupos que compõem esse índice tiveram decréscimos: materiais e equipamentos (de 0,35% para 0,29%) e serviços (de 0,37% para 0,34%).

Dois dos quatro itens que formam o subgrupo materiais e equipamentos tiveram taxas menores em junho: materiais para estrutura (de 0,4% para 0,27%) e materiais para acabamento (de 0,37% para 0,25%). Materiais para instalação (0,52%) e equipamentos para transporte de pessoas (0,14%) registraram alta ante maio, quando as taxas ficaram em 0,35% e 0,04%, respectivamente.

No subgrupo serviços, houve decréscimo nos itens aluguéis e taxas (de 0,15% para 0,11%) e serviços pessoais (de 0,73% para 0,49%). O item serviços técnicos foi o único com acréscimo, passando de 0,35%, em maio, para 0,52%, em junho.

O INCC mede a variação em sete capitais. A maior redução ocorreu no Rio de Janeiro, passando de 2,66% para 0,26%. Também houve decréscimo em Recife (de 0,29% para 0,23%) e Porto Alegre (de 0,38% para 0,27%). Já a maior alta ocorreu em Brasília (de 0,15% para 1,68%). As demais elevações foram registradas em Salvador (de 0,08% para 0,34%), Belo Horizonte (de 0,23% para 0,59%) e São Paulo (de 2,17% para 2,23%).

Fonte: Monitor Digital