Esqueça a ideia de edifícios residenciais com apartamentos absolutamente iguais empilhados um em cima do outro. Em vez de espaços idênticos, as construtoras oferecem a possibilidade de o comprador customizar os cômodos e a decoração ainda na planta, deixando a residência como quiser. “O cliente só precisa colocar os móveis”, completa Sílvia Amaral, gerente de personal line da Gafisa.
Bianchi conta que essa prática começou no Brasil há cerca de 15 anos, e as empresas, muitas vezes, trabalham com opções para o comprador escolher. Sílvia Amaral diz, por exemplo, que a Gafisa costuma oferecer, em média, cinco kits diferentes de configurações, além de várias possibilidades de acabamento, cujos materiais são renovados a cada seis meses. Existem empreendimentos nos quais o comprador pode escolher livremente tanto a decoração quanto a disposição dos cômodos. Esses casos, no entanto, são restritos aos prédios de altíssimo padrão. Bianchi explica que isso ocorre porque o mercado não tem capacidade de administrar a livre escolha para todas as construções que faz.
Segundo Sílvia Amaral, casais jovens e pessoas solteiras preferem apartamentos mais abertos, com poucos cômodos, só que grandes. Não é preciso, no entanto, temer precisar de mais ambientes no futuro -caso tenha um filho, por exemplo- e não ter paredes. A gerente da Gafisa diz que se podem erguer divisórias, e lembra o baixo custo e a facilidade de se fazer o drywall.
Ela lembra, no entanto, que banheiros são mais difíceis e caros de se modificar depois de construídos, por causa das instalações hidráulicas. Bianchi ressalta, por sua vez, a importância de chamar profissionais com registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) para reformar o apartamento.
Por fim, Sílvia Amaral constata que a customização é cada vez mais procurada pelas pessoas, e as construtoras têm aprimorado as opções para atender a essa demanda. “O consumidor está mais exigente, buscando maior satisfação com o produto final”, constata.
