10 abril 2013

Por um ambiente produtivo

Não há segredo: um ambiente de trabalho agradável estimula a produtividade e a eficiência nas empresas. O inverso, um espaço mal projetado, pode explicar a queda de rendimento do colaborador, comprometendo o lucro - sem falar que pode passar uma imagem negativa ao cliente.

Neste contexto, a arquitetura e decoração corporativa trazem recursos para organização e personalização dos espaços, com soluções que estimulam o engajamento do colaborador e a identificação do cliente.

Para o arquiteto e urbanista Sidnei Madeira, os empresários deveriam investir mais em arquitetura e decoração corporativa. "São vários os recursos disponíveis, o segredo é buscar a melhor harmonia entre eles".

A orientação do arquiteto é que o projeto contemple soluções da arquitetura de interiores (definir pisos, paredes e forros), design de interiores (definição de mobiliário de acordo com as funções de cada ambiente), luminotécnico (projeto de iluminação, buscando saúde e conforto do usuário), conforto termoacústico, decoração (peças e detalhes que podem e devem contribuir para compor a ambientação que transmita a "mensagem" e a personalidade da empresa em questão) e a comunicação visual, entre outros.

Ele explica que em primeiro lugar é necessário compreender a que se destina cada espaço, cada departamento e suas interligações. "Depois disso, deve-se buscar propor o melhor fluxo, para uma circulação eficiente. Feito esse estudo de zoneamento, podemos dispor os mobiliários, respeitando suas funções específicas e diferentes dimensionamentos, buscando uma distribuição (layout) simples e agradável."

Cores e ergonomia

As cores também são ponto forte na composição dos ambientes e tem grande influência sobre os usuários.

"Elas influenciam psicologicamente, transmitem ou proporcionam calma, energia, reflexão, entre outros estímulos que devem ser bem explorados. Não devemos nos esquecer, no entanto, que, no caso dos objetos que participarão de cada ambiente, deve-se buscar sempre a harmonia entre as diferenças para o sucesso do conjunto".

Quando o assunto é conforto, Madeira prefere usar a palavra ergonomia, que tem como objetivo melhorar as condições de trabalho permitindo maior conforto operatório e segurança, integrando critérios de produtividade e qualidade.

"Quando se leva em conta todos os aspectos que a ergonomia nos proporciona para alcançar melhorias no trabalho, automaticamente se alcança o conforto do trabalhador. Uma boa proposta ergonômica traz embutida o aumento da produção. Não se pode substituir o conforto de boa proposta ergonômica, pela simples estética agradável. Os dois são importantíssimos e cada um tem sua função na hora de projetar".

Além de utilizar ferramenta e recursos disponíveis na arquitetura corporativa, buscar informações dos usuários, funcionários e outros envolvidos é também importante antes de se projetar o espaço.

"Entender as aspirações, vontades, problemas já vivenciados, vícios, pontos fortes já definidos, enfim, tudo isso são informações ricas para o início do projeto", diz o arquiteto.

Para Madeira, "seja qual for o espaço corporativo a ser projetado, a arquitetura pode e deve colaborar para o melhor desempenho de suas funções em um ambiente esteticamente simples, agradável e que de preferência transmita a personalidade e a alma da empresa".

Fonte: Obra24horas