Brasil supera marca de 100 empreendimentos certificados pelo selo LEED – Leadership in Energy and Environmental Design. Hoje o país está em quarto lugar no ranking mundial de projetos com o selo, atrás apenas dos Estados Unidos, da China e dos Emirados Árabes. Segundo balanço do GBC Brasil, a região sudeste permanece na liderança. Somente São Paulo possui 80 empreendimentos LEED. Completam o a lista o Rio de Janeiro (12 certificados), Paraná (3), Rio Grande do Sul (3), Minas Gerais (2) e Distrito Federal (1). Outras cidades ainda possuem quatro empreendimentos contemplados. Dos 105 que receberam o selo, três já obtiveram o nível Platinum (máximo). A maioria das edificações é de caráter comercial ou escritórios.
O LEED pontua edifícios, de 40 a 110 pontos e assim um projeto pode ser considerado Certified, Silver, Gold ou Platinum. O primeiro edifício a receber o certificado Platinum, o mais alto da categoria na América Latina, foi o Eldorado Business Tower (São Paulo), em 19 de agosto de 2009. O LEED é um selo de origem norte-americana, implantado através de comitês multidisciplinares compostos por engenheiros, arquitetos, construtores, incorporadores, advogados, corretores de imóveis, entre outros profissionais da indústria da construção. O selo leva conta, basicamente, sete quesitos: uso racional da água, eficiência energética, redução, reutilização e reciclagem de materiais e recursos, qualidade dos ambientes internos da edificação, espaço sustentável, inovação e tecnologia e atendimento a necessidades locais, definidas pelos próprios profissionais da GBC, que variam de empreendimento para empreendimento.
Outro selo que certifica a sustentabilidade é o AQUA (alta qualidade ambiental), inspirado no selo francês HQE, ele foi desenvolvido pelos professores da Escola Politécnica da USP. A ideia de elaborar um referencial técnico brasileiro surgiu a partir do projeto de pós-doutoramento de Ana Rocha Melhado e acabou se tornando um convênio internacional. O AQUA é o primeiro selo que levou em conta as especificidades do Brasil, o que se configura como sua maior qualidade. São 14 critérios que avaliam a gestão ambiental das obras e as especificidades técnicas e arquitetônicas. Os critérios são: relação do edifício com o seu entorno, escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos e canteiro de obras com baixo impacto ambiental, gestão da energia, da água, dos resíduos de uso e operação do edifício e manutenção e permanência do desempenho ambiental, conforto higrodérmico, acústico, visual e olfativo, qualidade sanitária dos ambientes, do ar e da água. Por ser mais abrangente é também o mais caro entre as certificações.
Um selo que atende as especificidades do Brasil garante que pressupostos e critérios relacionados à legislação, clima e fontes de energia, por exemplo, sempre serão compatíveis com o nosso país. O que não acontece com outros selos, como o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), que está sendo muito procurado pelos empreendedores brasileiros, já que possui uma maior credibilidade internacional.
O PROCEL, o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, promove o uso eficiente da energia elétrica, combatendo o desperdício e reduzindo os custos e os investimentos setoriais. Ele pode ser considerado mais como uma “etiquetagem” ou identificação do que um certificado, considerando que ele apenas classifica o desempenho de uma edificação. O objetivo é incentivar a elaboração de projetos que aproveitem ao máximo a capacidade de iluminação e ventilação natural das construções.
Fonte: PET Engenharia Civil UFJF
