As manifestações que ocorreram de forma generalizada em nosso país, no último mês de junho e em algumas capitais no mês de julho, trouxeram incertezas e muitas dúvidas no meio político, também trouxeram um impacto econômico para a sociedade, pois a pressão popular já fez e pode fazer ainda mais, o poder público pressionado em todas as esferas, positivamente vai agir de forma mais rápida, mas pode tomar algumas medidas e decisões negativas para a livre concorrência e degradar o ambiente de negócios.
Por outro lado, desde o início do ano a divulgação de indicadores econômicos também trazem uma piora na economia, vamos focar em apenas alguns, com objetivo de fazer um texto de fácil leitura e sem muito economês. Embora nossa taxa básica de juros seja baixa, comparada com os últimos 20 anos, ainda estamos muito próximos do topo do mundo neste quesito. E pior, a expectativa é de alta para os próximos meses.
A desvalorização de nossa moeda, traz e reforça o impacto inflacionário também, e mesmo com o esforço dos gestores do banco central brasileiro em segurar a valorização do dólar, não estão tendo sucesso, a princípio, positivo para nossa indústria que ganha competitividade. Mas com resultados diretos na inflação que refletirá o aumento de custo de diversos setores da economia.
A Inflação talvez seja o pior dos índices e, quando fora de controle, principalmente para um país como nosso, que tem ""memória inflacionária"" e mesmo com a estabilidade garantida pelo plano real há quase 20 anos, é um dos indicadores mais perigosos, temos que permanentemente estar atentos. Estamos hoje fora da meta fixada pelo próprio banco central e com muita dificuldade de retornar a ela nos próximos meses. O aumento das contas públicas em todas as esferas de governo, mas principalmente na esfera federal, faz com que o governo gere menos caixa para investimentos.
Poderíamos aqui identificar outros indicadores que acendem um sinal amarelo na economia e estão fazendo com que os empresários brasileiros diminuam o grau de confiança no futuro. Mas quero fazer um paralelo com essa piora no ambiente de negócios com o pujante mercado imobiliário. longe de estar vivendo uma bolha, está em um momento bastante positivo. Atendendo uma demanda bastante consistente, está se beneficiando das incertezas, pois transmite segurança para os brasileiros, a difícil reposição da inflação através das aplicações financeiras.
O setor da construção que no passado recente era um dos primeiros a entrar em crise e um dos últimos a sair, mudou de posição, e mesmo com as incertezas políticas e econômicas passou a ser visto como um porto seguro das economias do pequeno e grande investidor. Com incentivos ao financiamento imobiliário, principalmente com o aumento de prazo e fomentando a disputa entre os agentes financiadores, o crescimento da produção tem acompanhado a demanda e tem buscado atingir o equilíbrio que é bastante benéfico para a economia.
A solidez e a segurança que o imóvel transmite faz com que os investimentos possam ser feitos de diversas maneiras, desde a compra de cotas de um fundo de investimento, até a compra pura e simples de um imóvel comercial para a renda. Independentemente de qual for a preferência, que seja feita acompanhada por profissionais da área jurídica e com um corretor de imóveis credenciado, pois a segurança e segurança e a tranquilidade que se busca com o investimento será garantida.
* Flávio Amary é vice-presidente do Interior do Sindicato da Habitação no Estado de São Paulo (Secovi-SP) e escreve às quartas-feiras neste espaço
Fonte: Obra24horas

