O período eleitoral afetou o estoque de empregos na Construção Civil do Amazonas, em 2012. O ‘gargalo’ está focado nos subsetores de Obra Pública e Construção Pesada, que têm sofrido com o ‘pé no freio’ da Prefeitura de Manaus e do Governo do Amazonas. Somente em agosto, o segmento amargou retração de 152 vagas de trabalho. Esse foi o quarto saldo inferior no estoque de carteiras assinadas no setor nesse ano.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Segundo o órgão, a Construção Civil teve queda no estoque de empregos em janeiro, março, maio e agosto. A maior retração foi no primeiro mês do ano, 241 postos a menos. Em outros meses, o setor contabilizou leve elevação no número de empregos: 18 vagas em fevereiro e uma em abril.
Obras da Copa
“No ‘Imobiliário’ não teve redução, já ‘Obra Pública’, havia uma expectativa de demanda com a Copa, mas a única obra em andamento é o estádio”, explicou o diretor-presidente da Comissão da Indústria Imobiliária do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon/AM), Antônio Newton Veras.
Em construção para a Copa de 2014, saíram do papel somente a Arena da Amazônia que emprega aproximadamente 1,4 mil trabalhadores e a reforma e ampliação do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, onde estão sendo empregados 815 operários.
Segundo a assessoria da Unidade Gestora do Projeto Copa Manaus (UGP-Copa), há uma grande possibilidade do número de trabalhadores na Arena não aumentar.
Com exceção dessas duas, quatro obras públicas previstas para a Copa do Mundo ainda não saíram do papel. Com mapeamento iniciado agora em outubro, a previsão é que o monotrilho gere 500 empregos diretos. Sem previsão de mão de obra empregada, o Mirante Encontro das Águas, o Estádio da Colina e o Bus Rapid Transit (BRT) também não começaram.
Infraestrutura
Segundo o representante do Sinduscon/AM, o ramo de ‘Construção Pesada’ também desaqueceu. “Houve uma perspectiva com a mudança da Águas do Amazonas para Manaus Ambiental, em termos de infraestrutura para água e esgoto, que ainda não correspondeu, além disso, outras obras estão paradas como o monotrilho, da Avenida das Torres e no Mindu”, disse Vera em entrevista concedida no final do mês passado.
Iniciada em janeiro do ano passado, o Corredor Viário do Mindu é mais um obra da Prefeitura de Manaus, que não foi concluída. Constam também pendentes a revitalização da Ponta Negra e a construção de creches e Casas de Saúde Básica da Família, as ‘casonas’. As obras do Mercado Adolpho Lisboa, que começaram em 2007, ficaram paralisadas por pelo menos três anos, foram retomadas e agora estão paradas novamente. No Paço Municipal os trabalhos estão parados.
Fonte: D24am.com