O setor de construção civil comemora o bom ano de 2012 em Assis Chateaubriand, tanto no quesito emprego, gerado pela falta de mão de obra no setor; como ainda na economia, que está aquecida com a venda de lotes urbanos e materiais de construção. Impulsionados pelo programa “Minha Casa, Minha Vida”, o setor cresce a passos largos e a cada ano que passa mais financiamentos e alvarás são liberados. Só em 2012, segundo informações obtidas junto ao setor de Engenharia da Prefeitura Municipal, foram expedidos cerca de 411 alvarás para construções civis e a tendência é que esse ano aumente, principalmente nesse começo de ano.
De acordo com o engenheiro civil Fernando Henrique do Nascimento, nos meses de janeiro e fevereiro deve haver um “boom” nos pedidos de alvarás, já que recentemente houve a liberação de mais loteamentos para financiamento em Assis Chateaubriand. “Nos últimos meses a Caixa liberou o loteamento Casa Grande (próximo ao Jardim Panorama) para financiamento. Agora em janeiro, foi a vez do loteamento Mônaco (próximo ao Jardim Europa) ser liberado e nos próximos meses o loteamento Santa Felicidade (saída para Brasilândia do Sul) deve estar disponível também. A maioria das pessoas que constrói, cerca de 90% são residências financiadas pelo programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, então sem a liberação primeiro da Caixa desses loteamentos (que precisam estar com toda a infraestrutura necessária como água, luz e asfalto) não há como financiar. Logo após a liberação, que é o que aconteceu com o Jardim Mônaco nesse começo de ano, a tendência é que nos próximos dias comece a construção de várias residências”.
Ainda segundo Fernando, os incentivos do Governo Federal têm ajudado cada vez mais pessoas a construir a casa própria. “Hoje é fácil conseguir financiar a casa própria. O processo, de pedido junto a Caixa Econômica é lento e pode de demorar, mas sai”, afirmou.
Mão de obra escassa
Com o mercado aquecido e a pleno vapor, falta mão de obra em Assis Chateaubriand. Em alguns casos é preciso “reservar” um pedreiro com três ou até seis meses de antecedência. Segundo o engenheiro civil Fernando, está difícil conseguir mão de obra hoje em Assis. “Não está fácil conseguir mão de obra de pedreiro e servente em Assis. Os que trabalham na área estão todos com casas já ‘na fila’ para serem feitas. É preciso sempre esperar um pouco”.
Quem comemora essa notícia são os pedreiros, que não ficam sem trabalhar um dia sequer. “Eu só consigo pegar uma casa para fazer a partir de junho, isso se não acontecer nenhum imprevisto”, contou o pedreiro Claudio Coltre, que junto com a sua equipe está construindo três casas ao mesmo tempo na cidade “Morada Amiga”. “É muita procura e pouca mão de obra especializada disponível. Servente até está mais fácil para conseguir, agora pedreiro, é complicado. Falta especialização”.
Minha Casa, Minha Vida
Criado em 2009, o programa “Minha Casa, Minha Vida” é destinado às pessoas que querem construir a casa própria. Com prazo de até 30 anos para pagar e financiamento mínimo de R$ 90 mil, muitas pessoas acabam optando pelo programa, que passou por algumas mudanças durante o ano de 2012; o valor aumentou de R$ 80 mil para R$ 90 mil e o prazo de 25, para 30 anos.
Para realizar um financiamento é preciso reunir alguns documentos. De acordo com informações colhidas pelo Jornal O Regional, os principais são: certidão de inexistência; holerite para comprovar a renda; certidão de nascimento ou de casamento; projeto do engenheiro ou arquiteto; cronograma da obra; memorial síntese, alvará, expedido pela vigilância sanitária; ART (taxa do CREA).
Após reunir esses documentos, é preciso ir a um correspondente da Caixa Econômica Federal. “Depois do pedido há um período, que com a demanda alta pode demorar até um ano, para saber a resposta do financiamento. Caso seja positivo, o valor a ser financiado vem em parcelas sendo depositada na conta do financiador conforme o cronograma da obra, na maioria das vezes é liberado conforme o número de meses planejado, exemplo, quatro meses para fazer a casa, quatro parcelas”, afirmou Fernando. Segundo o engenheiro, o valor do financiamento não pode ultrapassar 30% da renda familiar.
Fonte: Jornal O Regional